Vagueando por gélidas ruas,
Tentando pensar em memórias que não sejam tuas,
Pensando em mil e uma coisas, mas não querendo nenhuma.
Quero, apenas, sentir o meu corpo, mais solto que uma pluma.
Esta rua [onde estou] tem dois caminhos:
O mais colorido, onde cheira a Primavera, é teu
O outro, mas sombrio, onde nada vemos nem queremos ver, é meu
E nele vou entrando aos pouquinhos…
Às vezes pergunto-me por que não fui atrás de ti,
Mas, rapidamente, vejo que não somos a mesma pessoa,
A minha opinião jamais estará em função da tua,
E sabes porquê? Porque não somos a mesma pessoa…
Enquanto tu… tu alimentas esse vício de ti,
Tal espécie de amor-próprio que nunca vi.
Esse vício cega-te, de tal modo que não te encanta o reflexo da lua.
Mas a mim encanta…
E sabes porquê? Porque não somos a mesma pessoa…
Por mais que me arrastes para aquela rua, que já a nada me soa
Eu não entrarei pelo mesmo caminho que tu!
Deixa-me entrar no meu caminho
Por muito que esteja triste e sozinho,
Não significa que não serei feliz no caminho que escolhi,
Apenas, quero viver como sempre vivi,
Perto, e, simultaneamente longe de ti…
Agora, reflectindo sobre o nosso fim…
Tu sempre gostaste de ser o que foste,
Mas eu nunca gostei de ser o que fui…
Somos diferentes!
Não gostei de ter sido assim…
Mas numa coisa fui feliz…tu gostavas de mim!
De não teres sido o que imaginavas, o que sonhavas
Aquilo que pensavas que faria de ti uma pessoa,
Eu também fui assim, também queria ser mais…
Pensando bem…somos iguais!
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