Estou no exílio. Eu sou o meu exílio. O meu exílio é o meu mundo.
Sem perceber que as sombras passam e que os ventos mudam, tento, incessantemente, recuperar a minha asa outrora perdida no imaterial. Ela foi-se para a vida e a minha vida se foi com ela. Agora já não dói, é do hábito!
Isto de querer ser quem eu não sou, já deu o que tinha a dar, porque agora estou no exílio e não há ninguém para me ver. Há, só, uma réstia de esperança, mas muito leve, que aquele que me vai conhecendo me tire daqui. Até disso tenho medo!
Se eu grito desapareço!
Eu só corro de mim para mim, porque sou um ponto... um conto que algures teve início e quer JÁ a sentença e o fim. É por mim e pelo corvo negro que passa. Não sou ninguém, não sou diferente, igual não quero ser.
Não sei quem sou. De todos os que passaram, todos procuraram...não sei se se depararam com o que queriam...mas levaram o que puderam de um "eu" que não viu. O que era de um ser, aparentemente, reservado, foi por epítetos dissipado...está noutro recanto perdido para não mais achar. Já passou, porque já doeu. Já não há, porque já foi levado.
A minha personalidade foi assaltada. Ficou apenas o fantasma, uma sombra e um sorriso, para aqueles que dele gostavam não estranharem tanto. Sorriso, até ele mo levaram.
Com que direito, merda de preconceito?
E agora? Não sei. Tentei, lutei, errei... perdi, ganhei, sonhei e... voltei a falhar. A fita correctora borratou toda a minha página.
Agora? Quem escreve de novo?
"Quem não se envolve, não se desenvolve!"
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4 comentários:
Tu continuarás a escrever o livro da tua vida, independentemente dos borrões das correcções.
Um beijo, Bá*
Gostei imenso!!
Estava muito belo o teu texto.. =)
Um beijinhu grande~
fico triste, sempre que venho aqui e não vejo nenhum post novo.
mas o aspecto do blog melhorou muito mesmo.
ta muito bom.
beijinho.
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