Ver ao púdico a face
É encarar histórias sem desenlace.
É da vergonha um choro intruído,
Contudo algo bem construído.
Construção tão lenta e gradual
Que não há talento igual.
Será que querer tem algo de mal?
Querer de um livro ser uma página
Às vezes é mais do que gritar "vida"
Querer do feitiço ser a mágica
É ser-se igual a uma ferida,
Pois a página dá a eternidade
E a ferida...a ferida dá efermeridade.
E o que a gente não lê,
A gente não sabe
Não pensa no que vê
Nem se em si mesmo cabe...
Aquilo que o sujeito sente,
O predicado tira,
E, se não acredita no que tem à frente
Sai o vocativo na mira...
Não há aposto que lhe valha,
Pois é isto tapete sem malha
Onde aquele que cai,
Assim fica.
E aquele que vai,
O nada descodifica.
"Quem não se envolve, não se desenvolve!"
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Um comentário:
"Será que querer tem algo de mal?
Querer de um livro ser uma página
Às vezes é mais do que gritar "vida"
Querer do feitiço ser a mágica"
Está tão lindo...
Um beijinho*
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